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Publicado em 20/09/2022
Disputa de nuvens entre países do Oriente Médio

 

 

Por: Ag Solve Monitoramento Ambiental 

 

A preocupação das autoridades do Irã começou em 2018, em meio a uma seca severa com temperaturas elevadas, cientistas do Irã descobriram que a água das nuvens estavam sendo roubadas. Os Emirados Árabes começaram um audacioso plano de introduzir elementos químicos nas nuvens para forçar chuvas. O verdadeiro intuito desses esforços não é roubar a água e sim fazê-la precipitar-se em terras secas. À medida que o Oriente Médio e o Norte da África secam, países ao redor começam a acelerar para desenvolver produtos químicos e métodos com a finalidade de forçar as chuvas.

Houve uma queda de aproximadamente 20% ao longo dos últimos 30 anos de chuvas, momento em que os governos ficam aflitos em busca de crescimento no abastecimento de água doce e a introdução de elementos químicos nas nuvens é uma solução rápida para encarar a escassez, visto por muitos.

Países milionários como os Emirados Árabes introduzem milhões de dólares nesse projeto, diante disso, as demais nações entram na disputa buscando certificar-se de que não falte sua parte de chuvas antes que outras nações "limpem" os céu.

Os países como Marrocos, Etiópia e Irã já regem a semeadura das nuvens. Já a Arábia Saudita inicia o projeto com forças, alguns países do Oriente Médio e do Norte da África pretendem acompanhar o mesmo projeto. Os chineses conhecidos por terem o programa mais ganancioso do mundo, buscam pressionar que chuvas caia por cima do Rio Yang-tse-kiang, escasso em alguns pontos.

O sistema de semeadura de nuvens existem há pelo menos 75 anos, mas pesquisadores afirmam que a ciência para comprova-lá prescinde de evidências. Os pesquisadores desconsideram a possibilidade de que alguns países estejam se beneficiando da umidade das nuvens e afetando os demais ao seu redor.

De acordo, com especialistas atmosféricos, as nuvens, em específico os cumulus, mais capazes de gerar chuvas, duram no máximo até 2 horas. Em ocasiões raras, podem durar tempo suficiente atingir países vizinhos. Ainda assim, países pertencentes ao Oriente Médio deixaram de lado os apontamentos de especialistas e levaram o projeto de capturar umidade de qualquer nuvem passageira.

Os Emirados Árabes lideram as técnicas de semeadura das nuvens no atual momento. O governo considerou alimentar um abastecimento farto de água é imprescindível quanto grandes reservas de gás natural e petróleo para a preservação de status de recursos financeiros e corporativo do Golfo Pérsico. No ano de 2020, o senso divulgou o número de 10 milhões de moradores, o que causou aumento na demanda por água. Hoje, a demanda é alimentada por usinas de dessalização da água do oceano. No entanto, produzir essas usinas usinas custam bilhões, e usufruem de enormes quantidades de energia para operar, comparando as técnicas de semeadura de nuvens, de acordo com Centro Nacional de Meteorologia e Sismologia dos Emirados.

 

Como funciona o sistema de semeadura nas nuvens ?

 

Foram vinte anos de pesquisas e experimentos, a organização que gerencia o projeto de semeadura de nuvens como acordo quase militar. São 9 pilotos que se alternam, preparados para voar, no momento em que os meteorologistas com alvo em regiões montanhosas, indentifica geração climática propício. Nuvens aptas para alcançar altitudes de até doze mil metros. É necessário estar preparado para o acionamento urgente.

Os países dos Emirados Àrabes aplicam 2 substâncias de semeadura das nuvens, elemento produzido de iodeto de prata e uma substância patenteada há pouco tempo, produzido pela Universidade Khalifa com nanotecnologia, de acordo com especialistas, mais apropriada para condições climáticas quentes e secas.

O método utilizado pelos pilotos é injetar as substâncias nas nuvens, possibilitando alcançar doze mil metros de altitude enviadas por vigorosas correntes de ar. Em tese, a substância formada por molécolas hidrocopicas que estimula água, unificando às partículas de vapor d'água que formam as nuvens.

As partículas combinadas são maiores, e atraem mais partículas de vapor, produzindo gotículas que possivelmente ficam densas o bastante para cair em formato de chuva, diz cientistas. Esse é o método, porém especialistas desacreditam da eficiência da semeadura das nuvens. Atualmente, uma grande dificuldade para od cientistas atmosféricos é comprovar precisamente o crescimento das chuvas.

Israel, foi o país pioneiro em semeadura de nuvens, interrompendo o projeto ano passado, logo após cinquenta anos, recebendo apenas ganhos marginais em chuvas, não sendo eficiente economicamente, declara Pinhas Alpert, professor da Universidade de Tel-Aviv.

A técnica de semeadura de nuvens há 75 ano atrás, com cientistas da General Electric empenhando-se em um contrato militar para encontrar uma forma de degelar aeronaves no frio e formar um nevoeiro cobrindo ações das artilharias. Esse método foi utilizado depois pelo Vietnã com o propósito de estender o período das monções, complicando o abastecimento das artilharias norte-vietnamitas. A ciência por trás da técnica de semeadura das nuvens parece simples, mas na execução existem diversos problemas. Não são todas as nuvens que tem capacidade gerar chuva ou quantidade suficiente para produzir umidade, em dias quentes a chuva pode evaporar ao chegar no chão.

Outro fator que pode influenciar é que os impactos da técnica de semeadura de nuvens podem ser superiores ao previsto, gerando chuvas e neves em excesso. Os ventos podem mudar a direção das nuvens, levando-as para outro lado do local onde foi elaborada a semeadura.

 

Por: Alissa J Rubin - The New York Times

 

 

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